Olhar de uma Peregrina

“Aonde fica a saída?", Perguntou Alice ao gato que ria. ”Depende”, respondeu o gato.

”De quê?”, replicou Alice; ”Depende de para onde você quer ir...”

[Lewis Carroll]

...Sempre haverá uma fronteira a ser transposta...sigo descalça, colhendo com os olhos o que cabe nas mãos e saboreando com a alma o que consigo transmutar...meu maior desafio será não deixar pegadas e levar, apenas, o necessário...


[Venha...Vá...]

[Venha...Vá...]
...Venha...Vá...Leve daqui tudo com que se identifica...Embora nada inteiramente nos pertença...Leve tudo que considera Seu...Nosso... Guarde apenas uma advertencia: Não iluda-se que ao levar-me...poderá por algum momento ser Eu...pois isso...nem Eu mesma...muitas vezes...sei se-lo...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

[Ave liberta]


Som do tambor que ainda retumba em mim. É um chamado, é uma anunciação é uma certeza que não quer mais ficar calada. Não me sinto mais a deriva e não preciso ter os pés fincados no chão. Vou descobrindo-me e entendendo por que me sinto aprisionada. Por tanto tempo só trilhei caminhos que me podavam as asas e anuviavam o horizonte. Penso que necessário foi todo ensinamento para que discernisse o momento certo do voo.
Não sou mais pássaro ferido, mas me orgulho das cicatrizes que sulcaram a alma!
Voo solitário, não importando onde esse caminho me levará, mesmo que seja a mim mesma, num bando que segue o som desse tambor.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

[Prenuncia]


Ouço um chamado distante, como se o tempo nunca tivesse ido...
nem voltado...
O caminho me faz caminhante, as lutas pessoais me fazem guerreira e a esperança de um dia retornar ao meu destino é o sopro que me mantém de olhos abertos.
Escorrego e tropeço no caminho, entre idas e voltas, de um percurso que está encoberto pelos meus medos. As pegadas que devo seguir invisíveis aos olhos, mas audíveis no meu coração que sangra o fel, mas também o mel. O que me alimenta me abate, ainda não sei discernir as doses certas...
Ainda meus olhos sangram e prenuncia que há muita poeira no caminho!
Mas, continuo viva...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

[Bruta Flor]


Em mim há uma porção de:
 Mar bravio...
Águas serenas...
Dias e noites de sol...
Chuva em torrente...
Vendaval...
Brisa suave...
Vulcão adormecido...
Lava incandescente...
Humos e sal...
Uma apitada de ousadia...
Duas de emoção...
Borbulhante caldeirão de sentimentos...
E as mãos seguras da natureza a misturar...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

[A árvore da vida e a senda espiritual da guerreira]



Toda grande mudança que produzimos durante nossa mítica jornada ao longo das várias e várias existências supõe a percepção, no mundo material, da continuidade nos processos espirais de vida e morte, pois o renascimento somente é possível, em níveis mais profundos do espírito, quando nos despojamos do que está obsoleto em nossa trajetória e, renovadas, lançamo-nos para novos percursos.


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A árvore da vida celta ilustra bem esse ciclo perpétuo, pois agrega, de baixo para cima - ou, de cima para baixo, dependendo de como nos predispomos a ver o mundo - todas as etapas valiosas desse grande movimento universal que coexiste ao lado de nossa senda individual.

Ela marca muito mais do que o inconsciente coletivo sagrado, pois ainda que seja um símbolo universal para as etapas que todos os seres vivos hão de cumprir- vida-morte-vida, inexorável condição a qual tudo se sujeita - a árvore da vida nos ensina "para além" da espera do decurso de nossas existências, mostrando-nos a beleza, a poesia, a dignidade e, sobretudo, a dignidade de cada caminho...

Ela nos mostra o que se torna necessário cultivar na Terra para que as raízes se finquem fortes e possam sustentar o longo eixo - corpo - que irá crescer até atingir a morada divinal. Mas também nos mostra, nas folhas caídas ao solo, que todo esse fluxo demanda aparentes perdas, já que as folhas quedadas irão compor o substrato fecundo de alimento para a nossa árvore individual.

Os celtas têm no eterno ciclo de vida-morte-vida a essência de seus sistema de crenças, retratando essa concepção de mundo, mente, matéria e espírito, em um diálogo com a poesia e a arte, por meio das gravuras muito adornadas com nós e traçados.

Essa sinuosidade bem nos lembra as curvas de uma espiral, bem como a singeleza dos processos de mudanças, que, muitas vezes imperceptíveis, vêm à tona para a consciência apenas quando o adorno da espiral já "fez a sua dobra". Ao mesmo tempo em que processos são longos caminhos que podem se mostrar sutis, a tangência de suas curvas, tal qual o triskle, quando se dobra sobre si mesmo, revela a infinitude de um devenir que, ao pender para si, finda sua existência, mas revolve o início de tudo, no caldeirão mágico de uma nova vida...

Como o adorno da folha, a espiral volta-se para o acolhedor útero, pois a dobra reforça que somos, ao final, aprendizes de lições que só podem ser experienciadas a partir da constância na roda do autoconhecimento, onde não existe, grosso modo, exaurimento e o retorno à casa materna é certo...

http://www.templodeavalon.com/uploads/img50057779a159b.jpgTal qual o prenúncio do triskle nas dobras mágicas, a árvore celta da vida (e por que não dizer também da morte?) expande-se, desde o solo, para atingir o devenir sagrado do desconhecido "para além das fronteiras" do material, buscando compreender, nas sídhes milenares, os honrados caminhos dos guerreiros e das guerreiras deídicas, personagens centrais de todas as sagas celtas, que usualmente envolvem uma senda espiritual advinda de uma tarefa mágica, a ser executada em três, sete ou nove etapas, marcada por muito sangue, dor e, ao final, a superação de si para que nossa heroína ou nosso herói, sejam sagrados pessoas dignas de adentrar os mistérios acessíveis apenas a quem conseguiu superar a si mesmo(a).

Nas raízes de nossa árvore encontra-se o não nascido, o exsurgente em potência de si, o ser que está germinado, latente, mas que ainda irá volver forças, alimentando-se do silêncio da Terra e do sangue vital da Água (elementos femininos que acolhem e nutrem, assim como o útero, o líquido amniótico e o sangue do cordão umbilical), para que possa romper, ao final, as entranhas sagradas do alento que lhe deu acolhida nos dias em que esteve na solidão do escuro.

Tudo é calmo, silencioso e acalentador no berço sagrado, que nos protege das vicissitudes de mundo completamente desconhecido da superfície. A vontade, claro, é de permanecer acolhido(a) no suave colo da maternal Terra, pois o devenir traz a incerteza do percurso.

O gérmen, porém, acalentado ad eternum nos braços de Dana, não vinga, pois toda semente que passa de seu momento não cumpre suas consecutivas etapas de romper a terra e se lançar. Terá cumprido sua sina? Terá desenvolvido seu destino?

E não sabemos, ao certo, mas, se a semente não brota - o que também é perfeitamente comum - em outra sorte, e em outra forma, ela cumprirá um destino honrado, já que servirá de alimento para o cultivo do substrato orgânico que irá alimentar todo o grande jardim da nossa maravilhosa árvore da vida.

De uma maneira ou de outra, germinando ou não germinando, a semente terá cumprido seu papel, com a diferença, claro, na escolha que move seu caminho, uma vez que tal gotícula de ser pode - por força da necessidade de sobreviver - clamar para si a força para confrontar as barreiras que se lhe formam ao longo do caminho rumo à eclosão de vida fora do útero. Ser a árvore e ser substrato, pois, na árvore da vida, é meramente uma questão de perspectiva do que se pode escolher e viver, com resultados diferenciados, mas que, ao final, voltam sempre à ideia de eterno ciclo, já que podemos, diuturnamente, ser sementes ou frondosos carvalhos...

Do entrelaçado de vários caules advém a confluência de nossos vários caminhos nessa linda árvore celta da vida. Todos os trilhares estão conectados, interligados e interdependentes, pois a copa só se sustenta quando o caule é bem forte e firme. No caso da árvore celta, a copa é alicerçada por toda essa harmoniosa miscigenação de caules. Não se trata de fusão, pois cada qual desponta em seu caminho. Ao final, contudo, na força do trançado, ergue-se a firme corda, cuja tração é o bastante para que a árvore suba, enfim, à magnitude de seu destino.

A copa é o divisor de mundos em nosso caminho de celticidade, pois, ao mesmo tempo em que encobre o céu, o sol e a lua - signos sagrados do desconhecido invisível para a semente que está nas entranhas e o caule que está abaixo das folhas, conecta o organismo ao Todo, compartilhando, assim, os sagrados segredos que aparentemente se escondem por trás das folhas.

Afinal, as folhas quedadas ao solo, um dia, viram a abóboda e penetraram, ali, na morada sacral dos deuses e das deusas, trazendo, assim, um pedacinho de cada um deles consigo, na mais completa transposição da noção de apartação para a percepção de que, de fato, somos UNOS! Na dimensão mítica celta inexiste religare, porquanto a vivência no caminho diário de uma austeridade conectada aos desígnios sagrados aponta para a superação da polaridade, bem como para o encontro da unidade consagrada nos andarilhos que se lançam na observação de si.

Nesses dias de intensa experienciação do sagrado contido em mim, conecto-me ao ciclo da árvore da vida, celebrando o advento das pequenas mortes em minha vida como renascimentos providenciais de novos arroubos de crescimento.

Eis-me, talvez, por horas, minutos, segundos - não importa, pois o tempo é memória emocional vívida dentro do coração - no cumprimento eterno do caminho da semente, alimentando-me do que a Terra gentilmente oferta, de bom grado, e tentando crescer, em cada um dos impactos - ou talhos - que, no caminho, se apresentam para meu caule.

Cada vergalhão leva a cicatriz que, ao final, apenas mostra que da morte exsurge a vida, assim como o é na nobreza que brota da árvore celta da vida. Vivenciamos, pois, dias de morte, dias de luto e dias de renascimento e, com isso, despontamos, em cada momento, em passos - que ora damos larga, ora timidamente - em direção à glória de apenas viver...Já é o bastante para que o coração se acalme e encha de plenitude e, com isso, nosso destino se perfaça, na sutileza de uma semente que, apesar de pequena e frágil, ergue-se, pouco a pouco, rumo à grandiosidade do Infinito!

Hey ho!

Por Audrey Donelle Errin
Pesquisadora do Sagrado Feminino, dentro do foco celtíbero.

Sagrados Segredos da Terra: 
http://www.sagradossegredosdaterra.com.br

E-mail:
adlvmiranda@yahoo.com.br 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

[CONCEITO NA TRADIÇÃO TELUCAMA DE SER NATURAL]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: CONCEITO NA TRADIÇÃO TELUCAMA DE SER NATURAL: CONCEITO NA TRADIÇÃO TELUCAMA DE SER NATURAL. Na TRADIÇÃO TELUCAMA, a Bruxaria na sua mais “consciente” proposta de iniciação, propõe s...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

[Celebração Lunar - Calendário Celta]


As Luas do Ano

Abril - Maio - Junho - Julho - Agosto - Setembro - Outubro
As Luas do Hemisfério Sul
Como referência às Celebrações Lunares, adaptamos o calendário lunar ao nosso hemisfério, pois o aspecto da Lua no Hemisfério Sul é invertido em relação ao Hemisfério Norte. Ao se contar 28 dias por lunação, período médio em que a Lua dá a volta ao redor da Terra e em torno do seu próprio eixo, pode-se dizer que existem de doze a treze luas cheias em um ano.
Os rituais e as meditações feitas durante a Lua Cheia, nos auxiliam, principalmente, a aumentar a consciência e a aguçar a percepção de nossas almas e assim, reequilibramos naturalmente nossa energia. 
Em muitas tradições druídicas modernas, as Celebrações de Lua Cheia ou Lua Nova são comemoradas conforme o Calendário Coligny, um calendário lunisolar que começa antes do Festival de Samhain.
- Lua do Sangue: Nasce em Abril, sendo a primeira Lua Cheia antes de Samhain. Ela é associada à cor vermelha e nos tempos antigos marcava o período de abate dos animais e o armazenamento de comida para a estação do inverno que estava por vir. Como a primeira geada não está muito longe, as plantas logo desaparecem da terra, e a carne toma-se a maior fonte de alimento durante o inverno. É a Lua que celebra a ancestralidade, a fecundidade, o sangue menstrual e a maternidade.
- Lua Escura: É a Lua de Maio. Está associada à cor prata, branca e o azul-claro. Nesse período, se os primeiros sinais de geada ainda não começaram a cair, eles não estão muito distante. A terra começa um tempo de descanso profundo sob os cobertores do inverno, juntando forças para a nova vida no despertar da primavera. Lua ideal para conectar-se com as forças divinas.
- Lua do Carvalho: Chega em Junho. É considerada uma lua de introspecção, associada ao aspecto do Senhor do Carvalho. O carvalho, como seu símbolo, é a madeira tradicionalmente queimada nas fogueiras do Solstício de Inverno, que correspondente a época natalina cristã. É a Lua do recomeço, da transmutação e do renascimento.
- Lua do Lobo: Vem em Julho. Sua cor é roxa, representa as águas frias da terra que ficam presas sob um lençol de gelo e sob a geada. Época ideal para realizar trabalhos em grupo e esforços conjuntos, pois favorece a união dos seres e a unidade.
- Lua da Tempestade: Agosto descreve o longo movimento de espera das águas geladas, conforme as chuvas caem e os oceanos se enfurecem. Este é um sinal claro de que as águas irão mais uma vez fluir e a primavera irá retornar. Essa Lua é associada a cor azul, a cor das águas sagradas dedicada à Deusa Brighid. É a Lua que visa o equilíbrio entre a luz e a sombra.
- Lua dos Ventos: Setembro é a volta da primavera com a vida renovada. Representa a forma virginal, limpa e intocada dos campos. Apropriadamente, sua cor é o branco. É a Lua que celebra o movimento da terra.
- Lua da Semente: Outubro anuncia o crescimento que irá cobrir a terra, conforme as estações avançam. As sementes que estão em repouso abaixo do solo começam a germinar, ao mesmo tempo, em que toda a vida desperta para a terra aquecida. Sua cor é o verde-claro. Época ideal para plantar as novas sementes do futuro.
- Lua da Flor: Nasce em Novembro. Lua dedicada as Deusas da fertilidade. Rosa, a cor do amor e o branco, são as cores da Lua da Flor. Conforme a primavera atinge seu ápice, o romance e o amor ficam mais evidentes. Essa é a Lua do despertar da consciência, da criatividade e da sexualidade.
- Lua Brilhante: Dezembro é o período do Solstício de Verão. É a Lua dos amantes, que reflete a presença visível dos Deuses, estampados no sol brilhante e nos campos verdejantes. Essa Lua é considerada da cor laranja, ou seja, a cor do sol de verão. É a Lua da união, do amor e da prosperidade.
- Lua da Bênção: Nasce em Janeiro. Ela é a última Lua antes da primeira colheita, é celebrada com danças e músicas. Este é o tempo em que os antigos pagãos preparavam os prados para as celebrações das colheitas. A Lua da Bênção é amarela, a cor do hidromel. Lua da fertilidade, dos sonhos e da plenitude.
- Lua da Colheita: É a Lua verde-escura de Fevereiro. O estado verde da terra, é o nome dado à Lua que surge no mesmo tempo que as plantas seram colhidas. Tempo de honrar os frutos, pois o período final das colheitas chegará com o primeiro movimento da foice nos pés das plantações. É a Lua da purificação, da cura e do agradecimento.
- Lua da Cevada: Surge antes do Equinócio de Outono, em Março. Os grãos são ceifados. É o fim da estação e do ciclo anual da colheita. O marrom, a cor dos grãos, é a cor da Lua da Cevada. É a Lua da sabedoria, do conhecimento, das decisões e do fechamento de bons negócios.
- Lua do Vinho: É a Lua excedente do ano ou a 13ª Lua. Com a mudança do calendário lunar para o calendário solar, houve uma sobreposição de alguns meses. Às vezes existem doze Luas durante o ano solar e às vezes treze. Quando essa Lua "extra" surge geralmente nasce em Abril ou Maio, normalmente, antes da Lua de Sangue. Sua cor é o vermelho púrpura, a cor do vinho e da vida. Essa é a Lua da profecia e da inspiração sagrada.


Fonte bibliográfica:
Adaptação - Caminhos Pagãos - Gwydion O’Hara


As Celebrações Lunares são tempos de reflexões, além de serem festividades cheias de vida. Não é de admirar que tantas pessoas se realizem ao festejarem os ciclos lunares. Os pagãos celebram as fases da mudança de suas próprias vidas, relacionando-as com as fases da Lua e os ciclos naturais da Terra. Abençoados sejam!

domingo, 1 de julho de 2012

[Partes I]


Tudo tem um tempo certo.  Eu chamo isso de maturação.
Hoje acredito que a vida seja só um minuto de algo que nos acostumamos a nominar por “passagem do um tempo”. Estamos e somos infinitamente.
Sempre recebi sinais de que não somos apenas “isso” e pouco sabia interpretar e creio que ainda não o saiba direito. Aliás, creio que todos recebam, mas, muitas vezes a prioridade pessoal seja outra e então, esses ecos se perdem esquecidos em nós.
Fui criança que teve chance de passar boa parte da infância na “roça”, na caatinga, na beira do rio, no pasto. Acolhi bichos de pé e até berne. Sei o que é ser picada por abelha, mosquitos e a ter cuidado com rastro de cobra. Aprendi a conhecer as estações e conhecer o que cada uma traz; a saber olhando o sol se teremos chuva, a conhecer o cheiro do vento. Como toda criança, fui perversa, cacei passarinhos, pelo simples prazer de testar a minha boa pontaria e a jogar sal nas costas do sapo só pelo prazer de vê-los pular bem alto. Tomei água de cacimba, banho na beira do rio, leite tirado da hora e comida cozida no fogão de lenha. Minhas enfermidades de criança, não muitas, foram afastadas muitas vezes por benzedeiras, banhos de ervas e chás. Aprendi a ter respeito por algo que não compreendia, mas que sabia ser divino, em casa, no quartinho dos santos – católicos. Minha cultura material social e religiosa foi sempre vasta e interdisciplinar. Aprendi a rezar o terço e a ter fé no poder da natureza. Creio, que não pouco diferente das pessoas que tem origem do interior.
Hoje não saberia dizer se todo esse contado com a cultura popular em conjunto com cultura massificada da cidade, tenham me confundido e ao mesmo tempo, me feito ser tão curiosa e aberta a novos conhecimentos. Meus questionamentos vieram precocemente e em muitas portas entrei, olhei, esmiucei, discordei e aprendi.
Depois de muito vagar, comecei a compreender que algumas pessoas conseguem se conectar com um “algo além” do palpável, coisas que se fundem entre o inimaginável e o sensível num piscar de olhos. Por essas minhas percepções, pude ser testemunha de que existe um “algo” mais para além do que podemos ver.
Para uma criança não é fácil entender que a sua visão seja expandida, que o universo possa lhe murmurar ao pé do ouvido de forma tão íntima. Para um adulto também não! Algumas experiências são sofríveis, outras indescritíveis. Mas, tudo isso só lhe reforça que voce precisa ir mais além.
Desfiaria aqui um rol de experiências que beiram as raias da loucura, e que muitas vezes tive até medo de compartilhar, temendo ser caracterizado como acessos de loucura. Mas, os que me rodeavam, passaram a ter respeito por aquilo que não compreendiam, mas que, de certa forma não deixava de ser a minha realidade.
E por que lhes conto isso? Bem, tem dias que acordo assim, tenho “algo a fazer” e enquanto não cumpro, não sossego. Também não saberia lhes responder, mas de alguma forma, compartilhar com outras pessoas experiências de vida e poder perceber que não estamos sozinhos nessa caminhada, talvez seja uma forma de torna-la mais “leve” e proveitosa. Seria como sentar na beira da estrada numa sombra para apreciar a paisagem e então se sentir parte disso tudo.
É fato que nascemos e morreremos sozinhos e que o caminho de cada um é individualmente solitário em si, mas também entendo que essa necessidade em sermos seres sociais, seja uma forma de nos mantermos girando sob a egrégora de energias que se afinam e se compreendem parte de tudo como um todo.
Hoje inicio como peregrina em mim - um diário, um papo comigo, recordações, descobertas. Estou aqui, para quem gostar de ler e me conhecer melhor, se identificar, achar bobagem.
Haverá continuação...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

[Repercussão do CBT na Bahia]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Conselho na Mídia - O Reconhecimento: Queremos agradecer a imprensa e notificar o seu acompanhento perante nossa reunião na Bahia, um evento de reconhecimento da sociedade para ...

terça-feira, 19 de junho de 2012

[ CBT na minha terrinha!]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Reunião do CBT na Bahia - Casa Telucama: A reunião do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasi l aconteceu na casa de um dos conselheiros mais incentivadores do CBT, na casa de no...

terça-feira, 12 de junho de 2012

[Quem é a CLÁN Dragones?]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Notificação da CLÁN Dragones - Projetos: Desde 1993 passamos por diversos estágios, por diversas transformações, sempre no mês de maio tivemos muitos recomeços e não seria dif...

sábado, 9 de junho de 2012

[Enteógenos - um caminho de expansão]*

Ayhuasca:
Entrevista Bia Lobate a respeito da UDV, Santo Daime e Barquinha (partes 1 e 2)


*Vídeos recomendados pelo mestre Ricardo DRaco - CLÁN Dragones

segunda-feira, 23 de abril de 2012

[A Caminho de Samhain]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: BRUXARIA TRADICIONAL: Samhain - Samonios: A época do inverno para os celtas se padronizou como Samhain, na antiga Gália encontraremos o nome Samonios que em tese pode ser a orig...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

[Todo dia...é dia de Índio...]

E hoje se comemora o dia do Índio!
E por que?
Por que o Índio necessita ter um dia específico?

Não me sinto confortável de saber dos povos indígenas, como “alegoria” folclórica da formação do nosso País. Quando falamos de Índios, pensamos em algo distante. Se perguntarmos quem são os Índios a uma criança em fase escolar, terá uma resposta pronta sobre serem  os donos dessa terra, lá na época do descobrimento, como se eles não mais existissem. Como se eles não estivessem mais aqui... Mas eles ainda existem! Ainda sobrevivem empurrados à margem de que chamamos de civilização, espremendo a sua cultura, mesmo que tenha que diluí-la à necessidade de sobrevivencia.

“O Dia do índio,19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas  através do decreto-lei  5540 de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril.”

Meu respeito aos legítimos donos dessa terra, que hoje não passam de “poeira” que vai sendo empurrada para debaixo do tapete dos que se consolidam, com o nosso consentimento, a serem representantes legais da nação.



CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: BRUXARIA TRADICIONAL: O Dia do Índio: Nosso agradecimento aos nossos irmãos indigenas tal como nós filhos da mãe natureza e merecem todo o nosso respeito, que eles consigam prese...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

[Esse é amigo do planeta!]


15 competências de líderes de sustentabilidade, segundo Barrett Brown

Entrevista Especial – Barrett Brown


Somos tão pequenos individualmente. Juntos somos a força que move o mundo!

Profundamente conectado
Apoia a prática da sustentabilidade em um sentido profundo – honra o trabalho de sustentabilidade e o vê como uma prática espiritual, uma ferramenta para transformação de si mesmo, dos outros e do mundo. Toma decisão de maneira intuitiva – usa formas de conhecimento além da análise racional para colher ideias profundas e tomar decisões rápidas. Acessa esse tipo de informação de forma individual ou coletiva e facilita para que outros o façam também.
Abraça a incerteza com profunda confiança – capaz de, humildemente, descansar em face da ambiguidade, do desconhecido e de mudanças imprevisíveis sem “forçar” uma resposta ou resolução imediata. Confia profundamente em si mesmo e em seus cocriadores e no processo como um todo para navegar através da incerteza.
Conhece a si mesmo
Analisa e envolve o ambiente interno – capaz de ter consciência rapidamente e responder às dinâmicas psicológicas em si mesmo para não influenciar de forma inadequada um trabalho de sustentabilidade. Possui uma sintonia profunda com sua “sombra”, personalidade e forças emocionais, capaz de “tirá-las do caminho” e manter-se “energeticamente limpo” ao se envolver com os outros.
Tem múltiplas perspectivas – capaz de manter intelectualmente e emocionalmente diferentes perspectivas relacionadas a um problema de sustentabilidade, sem estar excessivamente ligado a nenhuma delas. Capaz de discutir a posição e comunicar-se diretamente a partir de diferentes pontos de vista.
Gestão adaptável
Dialoga com o sistema – capaz de, repetidamente, perceber o que é necessário para ajudar a desenvolver um sistema, tenta intervenções diferentes, observa a resposta do sistema e se adapta de acordo com ele.
Caminha com energia – capaz de identificar e aproveitar as aberturas e oportunidades para mudanças no sistema que são bem recebidas por seus membros, construindo, dessa forma, dinâmica e movimento para driblar obstáculos.
Cultiva a Transformação
Autotransformação – capaz de, constantemente, desenvolver-se ou criar o ambiente para o autodesenvolvimento nos domínios intrapessoal, interpessoal e cognitivo, bem como em outras áreas. Capaz de criar comunidades e engajar mentores.
Cria condições de desenvolvimento – capaz de criar as condições iniciais que dão suporte ou desafiam o desenvolvimento de indivíduos, grupos, culturas e sistemas. Possui habilidade para sentir o próximo passo no desenvolvimento.
Gera espaço – capaz de, efetivamente, criar o espaço adequado para ajudar no progresso do grupo, lidando com a tensão de questões importantes, além de manter o potencial energético para o que é necessário.
Maneja as sombras – capaz de dar suporte aos outros para ver e responder adequadamente as suas questões psicológicas e suas sombras “programadas”.
Navega com teorias e estruturas sofisticadas
Teoria de sistemas e de pensamento – compreende os conceitos fundamentais e linguagem da teoria dos sistemas. É capaz de aplicar sistemas de pensamento para entender melhor as questões de sustentabilidade e apoiar o desenvolvimento de sistemas.
Teoria da complexidade e pensamento complexo – compreende os conceitos fundamentais e linguagem da teoria da complexidade, especialmente no que se refere à liderança. É capaz de aplicar o pensamento complexo para melhor compreender as questões de sustentabilidade e apoiar o desenvolvimento de sistemas adaptativos complexos.
Teoria e reflexão integral – compreende os conceitos fundamentais e a linguagem da Teoria Integral. É capaz de usá-la para avaliar ou diagnosticar um problema de sustentabilidade e projetar uma intervenção, comunicação sob medida para diferentes visões do mundo e apoiar o desenvolvimento de si mesmo, de outros grupos, culturas e sistemas.
Gestão de polaridade – compreende os conceitos fundamentais e linguagem da gestão de polaridade. É capaz de reconhecer e envolver efetivamente polaridades importantes, tais como: subjetiva-objetiva, individual-coletiva, racional-intuitiva, masculino-feminino, estruturada-dinâmica.
Fonte: Barrett Brown, em Liderança no Limite: Liderando a Mudança a Partir da Consciência Pós-Convencional.

terça-feira, 17 de abril de 2012

[Primeiro Ritual]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: BRUXARIA TRADICIONAL: Ritos e Mitos de Samhain: Continuando com nossa proposta de trazer sempre um bom material acadêmico para leitura, segue uma abordagem do livro do Professor Vasco Adri...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

[Hoje é sexta-feira e...13!]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Origem da Sexta-Feira 13: Seguem algumas fontes e teses sobre essa tão polêmica data. A crença de que o dia 13, quando cai em uma sexta-feira, é dia de azar, é a ...

sexta-feira, 30 de março de 2012

[Linda história]

Tribo da Coruja: Oenghus e Caer Ibormeith: Oenghus é o Deus do Amor, um membro dos Tuatha Dé Danaan. Ele é filho de Daghda e Boann. Para esconder seu nascimento, o sol nasceu e perman...

quinta-feira, 29 de março de 2012

[Quem nos salvará?]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: BRUXARIA TRADICIONAL: A Divina Providência: A Divina Providência Todos os dias que andamos pelo planeta Terra, imaginamos que o nosso mundo é a única realidade, poucos ou quase ningué...

domingo, 25 de março de 2012

[Ame a vida e permita-se viver]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: A Filosofia do Prazer e o "Castrolicismo" Ascencio...: Hoje falarei sobre o Hedonismo, uma filosofia que me agrada e acredito que todos deveriam parar de se chicotear perante um caminho de dor, s...

segunda-feira, 19 de março de 2012

[Palavra de Peregrina]

Tribo da Coruja: Peregrinação - Os caminhos do Conhecimento: Mais novo vídeo do canal do Conselho de Bruxaria Tradicional, onde uma peregrina de um dos clãs que compõem o CBT fala belamente sobre o cam...

domingo, 18 de março de 2012

[Como cada um caminha]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Enteógeno no Vale Sagrado por Ricardo DRaco: Ao contrário do que se possa pensar não é MachuPicchu o grande centro de poder de Cuzco, percebi que embora um local bem interessante em b...

[Observando as experiencias dos outros]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Enteógeno no Vale Sagrado por Ricardo DRaco: Ao contrário do que se possa pensar não é MachuPicchu o grande centro de poder de Cuzco, percebi que embora um local bem interessante em b...

quinta-feira, 15 de março de 2012

[Quem sabe...Sabe!]

Maravilhosa poesia!

O Transversal: [Sei]: Nesta esquina onde março
se mistura com primaveras, trocam-se
olhares que se desnovelam,
[que me desnovelam]
mimicas isoladas,...

terça-feira, 13 de março de 2012

[Sonhos]

. Bruxaria .: Resumo de: A Arte do Sonhar: Por Nyctaluz Noctula Este resumo fiz em 2009, espero que seja de alguma valia aos curiosos e aos buscadores. A Arte de Sonhar, 9º livro...

segunda-feira, 12 de março de 2012

[Escutatória]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Cactos abrindo as Portas da Conexão: Escrevo este artigo com base na jornada pelo mundo das plantas de poder e no grande sentido de manter a palavra para com um irmão dos Andes,...

sábado, 10 de março de 2012

[Peregrinação]

Peregrina da Floresta: Tribo da Coruja: Peregrinação: Sempre comentamos sobre a Peregrinação, do que se trata? No próprio sentido da palavra, peregrinar seria viajar a terras distantes, geralm...

sexta-feira, 9 de março de 2012

[Descobertos 500 Contos de Fadas]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: Descobertos 500 Contos de Fadas: São príncipes e princesas, animais falantes, heróis e bruxas más prontos a entrar no imaginário. São as histórias nunca antes ...

terça-feira, 6 de março de 2012

A Bruxaria - Nick: B.T.I.C. Grupo de Estudo da CLAN

A Bruxaria - Nick: B.T.I.C. Grupo de Estudo da CLAN: Segue indicação de afiliado. O Círculo da CLAN - Bruxaria Tradicional Ibero-Celta abre grupo de estudos para aprendizes, o curso é de 30...

domingo, 4 de março de 2012

[Esvaziando]

A Bruxaria - Nick: Liberte-se: Esta história é uma dica para quem quer entrar "no mundo" da Bruxaria Tradicional. Sersenfé se considerava um grande mestre porque hav...

[Mergulhando]

CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL: index-listagem-de-textos-e-artigos-02-2012: Este tópico tem por função a indexização dos artigos e textos do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil para facilitar na busca dos art...

domingo, 1 de janeiro de 2012


Ano 2012 – Ano do Dragão da água
Nova fase

A runa regente para o signo de capricórnio em 2012 é a OTHILA, ela indica poda, cortes e acertos.
Em 2012 será necessário desapegar-se de tudo o que já não tem mais sentido em sua vida, impedindo que você siga em direção a novos horizontes.
No amor, OTHILA indica a necessidade de renovação, saindo da rotina e buscando um sentido mais profundo e real para as emoções.
Na área da saúde, cuide da mente, evite se irritar com facilidade.


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[Imagens...Desenhos que falam]

Informo que algumas das imagens utilizadas aqui, não são da minha autoria, tendo sido em sua maioria, provenientes do google imagens. Ficando assim, à disposição dos seus respectivos autores, solicitarem a retirada a qualquer momento. Agradeço.