Ouço
um chamado distante, como se o tempo nunca tivesse ido...
nem voltado...
nem voltado...
O
caminho me faz caminhante, as lutas pessoais me fazem guerreira e a esperança
de um dia retornar ao meu destino é o sopro que me mantém de olhos abertos.
Escorrego
e tropeço no caminho, entre idas e voltas, de um percurso que está encoberto
pelos meus medos. As pegadas que devo seguir invisíveis aos olhos, mas audíveis
no meu coração que sangra o fel, mas também o mel. O que me alimenta me abate,
ainda não sei discernir as doses certas...
Ainda
meus olhos sangram e prenuncia que há muita poeira no caminho!
Mas, continuo viva...