Som
do tambor que ainda retumba em mim. É um chamado, é uma anunciação é uma
certeza que não quer mais ficar calada. Não me sinto mais a deriva e não preciso
ter os pés fincados no chão. Vou descobrindo-me e entendendo por que me sinto
aprisionada. Por tanto tempo só trilhei caminhos que me podavam as asas e
anuviavam o horizonte. Penso que necessário foi todo ensinamento para que discernisse
o momento certo do voo.
Não
sou mais pássaro ferido, mas me orgulho das cicatrizes que sulcaram a alma!
Voo solitário, não importando onde esse caminho me levará, mesmo que seja a mim
mesma, num bando que segue o som desse tambor.